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O azulejo é uma das marcas mais distintivas da cultura, da arte e, em última instância, da alma portuguesas.
O azulejo não nasceu, no entanto, em Portugal. Com efeito, a utilização do azulejo já era conhecida no Antigo Egipto e na Mesopotâmia, tendo entrado na Península Ibérica no século XIV, por via de artesãos muçulmanos.
A partir de finais do século XV (sobretudo após uma viagem do Rei D. Manuel I a Espanha), o azulejo chegou a Portugal, onde começou a ser usado em palácios, conventos e jardins. Inicialmente importado, a proliferação da utilização de azulejo determinou que rapidamente fossem criadas oficinas de olaria em Portugal, a partir de meados do século XVI, com Lisboa a consolidar-se logo como um importante centro de produção.
Ao longo dos séculos, a produção de azulejo em Portugal foi conhecendo múltiplas influências – por exemplo de artistas italianos e flamengos, para além de claras influências orientais, que trouxeram o azul da cerâmica chinesa.
Como é natural numa evolução de vários séculos, sucederam-se períodos de maior e de menor fulgor. Assim, depois de um período de menor produção (que corresponde à perda de independência - 1580/1640), seguiu-se um período extremamente fértil para a azulejaria nacional. Tal período corresponde, em linhas gerais, à segunda metade do século XVII e, sobretudo, ao século XVIII (ou seja, até novo ciclo de relativo declínio, no início do século XIX).
O século XVIII pode, assim, ser considerado o século por excelência do azulejo em Portugal, quer em virtude da abundância decorrente do ouro vindo do Brasil quer, numa segunda fase, em virtude das necessidades decorrentes da reconstrução de Lisboa, na sequência do terramoto de 1755, que tornou popular o azulejo de padrão pombalino.
Em suma, e ainda que, com variantes estéticas, o azulejo tenha sido produzido em vários países europeus, podemos concluir que em nenhum outro país o azulejo assumiu a relevância, a abrangência de aplicação e a quantidade e qualidade de produção atingidas em Portugal.
À semelhança do azulejo, também a faiança começou por constituir uma importação portuguesa. No entanto, rapidamente se iniciou a produção nacional, existindo registos de produção de faiança em Portugal desde o séc. XVI.
As influências foram várias – espanholas, italianas e, claro, orientais/chinesas – sendo o período áureo da faiança portuguesa comumente situado no século XVII.
Seguiram-se ciclos vários, com a faiança, inicialmente reservada às elites, a generalizar-se.
A produção foi vasta ao longo dos séculos, existindo, por conseguinte, uma longa tradição, que importa preservar.
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